O Vodafone Ralli de Portugal foi a terceira prova a pontuar para a TOYOTA GAZOO Racing Iberian Cup. É, sem dúvida, a prova mais dura disputada até à data, visto o estado no qual se encontram os trechos após a passagem dos pilotos inscritos no Campeonato Mundial de Rallis —World Rally Championship (WRC)—. Além disso, esta edição do Ralli de Portugal, que comemorava os 50 anos do WRC, foi uma das mais exigentes dos últimos anos, com 21 especiais que somam 338,64 quilómetros cronometrados.
Como estipulava o regulamento particular da TOYOTA GAZOO Racing Iberian Cup, os inscritos apenas eram obrigados a realizar as duas primeiras etapas em Portugal, e a classificação era estabelecida ao termo da jornada de sexta-feira. A vitoria foi para a dupla Ricardo Costa-Rui Vilaça (Macedo & Macedo GTW Racing), que, além disso, subiu para a posição mais alta da classificação geral, empatando em número de pontos com o seu compatriota Miguel Campos (Inside Motor).
No entanto, as equipas formadas por Germán Gómez Fortes-Sergio Cancela Boga (Escudería Surco) e Víctor Calisto-Márcio Calisto (Inside Motor) decidiram realizar as restantes etapas, submetendo o Toyota GR Yaris RZ e a sua mecânica a uma verdadeira prova de fiabilidade. Ambos os pilotos chegaram à meta no domingo, muito satisfeitos pelas prestações conseguidas e o marco que isto supôs para o GR Yaris RZ, como comentava Germán Gómez: “Para mim, foi um privilégio e um sonho ter concluído uma prova do Campeonato do Mundo. Além disso, batemos o recorde que até agora tinham Pablo Alfaro e Félix Enes como melhor equipa galega classificada na história do Ralli de Portugal”. O piloto galego acabou terceiro na taça e marcou o seu primeiro scratch da temporada, o qual tem um importante valor ao somar mais um ponto para a classificação geral.
Tanto Germán Gómez (Escudería Surco) como Víctor Calisto (Inside Motor) são os pilotos mais veteranos inscritos na TOYOTA GAZOO Racing Iberian Cup, o que mostra as possibilidades que este troféu oferece. Por um lado, dá oportunidade aos jovens talentos de conduzir pela primeira vez um carro com tração às 4 rodas, para continuar a progredir nas suas carreiras desportivas; por outro, oferece a possibilidade de continuar a competir ao mais alto nível para os pilotos que passaram a sua vida nestes rallis, ao comando de carros com altas prestações, sem terem de assumir os custos de um modelo de categorias superiores.
“Acho que esta taça é uma grande oportunidade para pilotos como eu, visto que me ofereceu a possibilidade, depois de tantos anos no mundo dos rallis, de correr pela primeira vez sobre terra, disputar o meu primeiro ralli do mundial e, além disso com um carro muito competitivo. O motor é fora de série, os travões parecem-me outro ponto a ter em conta e depois tem a tração GR-FOUR, que faz que os pilotos da taça possamos estar nos postos mais altos da classificação geral de um ralli e concorrer com pilotos que têm carros superiores. E, como anedota, podemos dizer que acabámos o ralli à frente de Sébastien Ogier”, acrescenta Germán após acabar o Ralli de Portugal.
Quanto a ele, Víctor Calisto (Inside Motor), embora tenha regressado ao ralli após uma saída de pista na sexta-feira que o obrigou a abandonar, também concluiu as etapas de sábado e de domingo sem qualquer problema de fiabilidade, encerrando a sua 31ª participação no Ralli de Portugal.
A prova seguinte da TOYOTA GAZOO Racing Iberian Cup será o Ralli Reino de León, nos dias 9 e 10 de junho. Prevê-se que este ralli bata o recorde de inscritos até hoje dentro desta nova taça monomarca.
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